terça-feira, 14 de abril de 2009

Subsídio para discussão

Oi, pessoal! Nos últimos dias, o blog tem sido menos atualizado. Estamos construindo núcleos, ações, além de novas ideias para o Movimento, e tudo passará a ser amplamente transmitido por aqui.
Toda a concepção do MCI, além de objetivos consequentes, visa a estimular a discussão e o diálogo construtivo, muito necessários aos nossos objetivos. Nesse recorte, publicamos aqui um texto enviado por um amigo, Ricardo "Japa" Takiguti Ribeiro, que trata justamente de conflitos e contradições.
Ricardo é estudante de graduação em Ciências Sociais, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, na capital paulista.
"genial, espero mesmo que sua descrição tenha sido o retrato do MCI, fiquei bastante interessado apesar de algumas reservas pessimistas... Mais sobre pensar um paradoxo da política de que a democracia elege as pessoas que entrarão em conflito sob a instituição Estado pra supostamente representar aquelas vontades que estão fora do nosso alcance na vida cotidiana. A idéia de que essa representação nunca é perfeita porque de tão dominados até o pescoço com a impossibilidade de nos realizar como sujeito autonomo, em que 99% da nossa vida acontece fora do nosso alcance da decisão, inclusive contra nós, nos conformamos e nos rendemos ao individualismo pra que nossa realidade carnal no mínimo não se dissolva antes de refletir sobre um ser monstruoso a ser reformulado levando em consideração a consciência do quanto estamos sendo vacinados ideologicamente pra nos tornarmos doentes na realidade vivida. Como já te disse pessoalmente, a experiência da realidade nunca é suficiente pra supormos que o objetivo que buscamos é válido, até porque o esclarecimento que culmina em convicção está fadado a se arrogar portador de uma vontade coletiva que se desmascara facilmente a partir dos critérios induzidos, os quais nos forçam a engolir como a vontade de que não estamos conscientes que possuímos. Não é convincente. A realidade é um substrato vazio regido pelo acaso de que tiramos impressões infinitas e diferenciadas sem que ela se apresente como algo que por si mesmo tem valor explicativo. Se essa consciência da contradição pretende se validar como privilegiada para que atribuamos à mesma a responsabilidade sobre a ação, tudo se sujeita ao desmoronamento, seja quando as supostas vontades organizadas se disferenciem quanto à forma da ação, revelando o quanto é inseparável do individualismo, seja quando tapa os ouvidos pra possíveis vontades alheias, reduzindo-as a uma irracionalidade e, assim, desorientando-se da responsabilidade que lhe foi atribuida. a esfera eleitoral que, como você disse, constrói a ação de cima pra baixo, do partido para os estudantes, confere ao partido um foco de motivação para a ação. Há uma agonia de viver em uma realidade em que a esfera do conflito nos foi reduzida até o ponto máximo da perda de sentido de nossa ação para a realização de um ser autêntico que almejamos, em que a ação se encadeia a infinitas coisas que se revertem contra nós depois de perdermos sua trajetória, que nos faz sentir impotentes de fato. Enfim, deveriam estas pessoas sensíveis ao núcleo duro da realidade aprender a tolerar o horror ao invés de incitar o combate em seus níveis mais impulsivos? com técnicas coercitivas sobre o reconhecimento da necessidade da ação por omissões e justificativas que só reafirmam uma informação vazia de sentido por si mesma, enfim, colocando os próprios preconceitos sob o pedestal máximo da razão ao tentar amplificar berros de agonia que não dizem nada sobre o que deve ser feito? resumindo, esse algo a ser feito deve ser negociado, sob a idéia de responsabilidade, (que, como vejo, além de forçar interpretações sobre o quão agonizante é a situação sem justificativas adequadas, tem um esclarecimento insuficiente pra levar em consideração o fato de o usufruto do bem comum ou público como eles mesmos dizem, interferir sob qualquer circunstância na vida de todos que dele se utilizam, tendo, portanto, todos responsabilidade sobre a forma de ação que deve ser engendrada, sem que ninguém monopolize a própria agonia como representante maxima da racionalidade de uma ação impulsiva), e não de conscientização sobre convicções próprias, espero ter deixado isso claro. Infelizmente estamos longe de ver no ME a possibilidade de alguém se sentir motivado por outra coisa que não seja o desespero pra agir politicamente ou interesses relacionados aos partidos, que colocam em risco a vontade alheia, que lida com calculos de vantagens e desvantagens sobre as situações não menos significativos. é isso, voltando ao MCI depois de ter viajado um pouco. Se eu não estivesse no 4o ano apostaria em possibilidades de iniciativas desse tipo entrarem pro ceupes. Pelo menos assim não pensariamos que o ceupes é o orgao representativo do movimento estudantil no curso (como muitos confundem), mas que lida com situações mais especificas aos próprios alunos tenham eles ou não vinculos com o ME, logo aos partidos e toda parafernália ideológica que nenhum estudante é obrigado a ter pra possuir interesses significativos sobre o prédio."
A discussão por ele proposta terá continuidade numa próxima postagem. Até lá, aguardamos seu comentário! Seja no blog ou por email (cidadaniainclusiva@gmail.com), envie sua contribuição!

2 comentários:

  1. Todo mundo tá relendo o que nunca foi lido
    Todo mundo tá comprando os mais vendidos
    É qualquer nota, qualquer notícia
    Páginas em branco, fotos coloridas
    Qualquer nova, qualquer notícia
    Qualquer coisa que se mova é um alvo
    E ninguém tá salvo.

    Todo mundo tá revendo o que nunca foi visto
    Tá na cara, tá na capa da revista
    Qualquer nota, uma nota preta
    Páginas em branco fotos coloridas
    Qualquer rota, rotatividade
    Qualquer coisa que se mova é um alvo...

    E ninguém tá salvo
    Um disparo, um estouro!!!

    (refrao) O papa é pop, o papa é pop
    O pop não poupa ninguém
    O papa levou um tiro à queima roupa
    O pop não poupa ninguém

    Uma palavra na tua camiseta
    O planeta na tua cama
    Uma palavra escrita a lápis
    Eternidades da semana
    Qualquer coisa, quase nova
    Qualquer coisa que se mova é um alvo
    E ninguém tá salvo
    Um disparo, um estouro
    uuhauuu

    O papa é pop, o papa é pop
    O pop não poupa ninguém
    O papa levou um tiro à queima roupa é
    O pop não poupa ninguém

    Toda catedral é populista
    É pop, é macumba pra turista
    Mas afinal o que é rock n' roll?
    Os óculos do John, ou o olhar do Paul?

    O papa é pop, o papa é pop
    O pop não poupa ninguém
    O papa levou um tiro à queima roupa
    O pop não poupa ninguém

    O papa é pop, o papa é pop
    O pop não poupa ninguém
    O papa levou um tiro à queima roupa
    O pop não poupa, o pop não poupa
    O pop não poupa
    Ninguém.

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